Contaminação do Lago Atitlán, Guatemala, ameaça a saúde dos moradores

em 24 March, 2016


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Sete anos após peritos confirmaram que o Lago Atitlán, no sudeste da Guatemala estava contaminado com cianobactérias, que é prejudicial para as pessoas e animais, pouco tem sido feito para limpar o destino turístico pitoresco, onde muitos guatemaltecos também ganham a vida.

Panajachel, Guatemala – Arturo Yach Noj é pescador há 45 anos, no lago Atitlán, que fica no município de Panajachel no sudoeste da Guatemala. Segundo Arturo, nas décadas passadas, ele bebia água diretamente do lago. “Mas agora tudo mudou”, diz Yach Noj. “Nosso lago está contaminado.”

Yach Noj diz que já sabe sobre esta contaminação. Mas afirma que continuará pescando, até mesmo com as alergias que surgiram em sua pele. Ele nunca visitou um médico para avaliar essa  alergia.

Ausência de saneamento básico 

Peritos confirmaram a presença de cianobactérias no lago em 2009. As estirpes tóxicos das bactérias podem afetar o fígado, rins, sistema nervoso central e a pele de seres humanos e animais, e que tem sido associada a doenças degenerativas do cérebro.

Sete anos depois deste laudo, o lago permanece contaminado, diz Margaret Dix, pesquisadora do campus Altiplano na Universidad del Valle de Guatemala. Ela coordena e gerencia o monitoramento e análise enviadas para o laboratório na universidade Centro de Estudios Atitlán, onde os pesquisadores estudam o lago e buscam maneiras de preservá-lo.

A presença de fósforo é evidência de que o lago está contaminado com o esgoto e fertilizantes utilizados na agricultura nas diferentes comunidades na bacia do Lago de Atitlán, diz Elsa María Reyes, bióloga e chefe de investigação e qualidade ambiental em AMSCLAE, instituição governamental que monitora o lago.

 Para ver a reportagem original em inglês, acesse aqui, o Global Press Journal.




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