ONG defende fim de testes em animais para cosméticos
Da Redação em 16 March, 2013
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A União Europeia (UE) implementa neste mês de março a proibição da venda de cosméticos recém-testados em animais. A Humane Society International (HSI), uma das maiores organizações de proteção animal do mundo, aproveita a iniciativa para pedir que o governo brasileiro siga o exemplo e adote medidas para acabar com testes em animais para cosméticos em todo o país. O pedido é reforçado com uma recente pesquisa realizada a pedido da organização que revela que a grande maioria dos brasileiros se importa bastante com a questão. Os resultados mostram que dois terços da população apoia a proibição nacional do uso de animais para testes de produtos de beleza.
Testes em animais para cosméticos são proibidos na UE desde 2009 e agora a venda de cosméticos contendo ingredientes recém-testados em animais em outros países também fica proibida no bloco. Restrições similares foram promulgadas em Israel e estão em discussão na Índia. A HSI lançou uma campanha global chamada “Liberte-se da Crueldade” para garantir que nenhum coelho, porquinho-da-índia ou qualquer outro animal seja submetido a testes angustiantes e dolorosos por causa de um novo produto de beleza. A organização também promove essa campanha no Brasil.
“Os testes em animais para cosméticos são desnecessários e desumanos”, disse Helder Constantino, gerente da campanha “Liberte-se da Crueldade” no Brasil. “A proibição dos testes acabará com o sofrimento de inúmeros animais de laboratório que são submetidos a doses altíssimas de produtos químicos que são aplicados nos olhos ou na pele desses animais. Se esses testes forem proibidos, os consumidores poderão escolher e comprar cosméticos estando seguros de que não estarão apoiando esse tipo de crueldade.”
Com a nova legislação da UE em vigor, a proibição dos testes em animais no Brasil também removerá uma barreira comercial ao permitir que empresas brasileiras vendam seus cosméticos na Europa. A HSI pede ao governo brasileiro que reconheça que a proibição de testes em animais será benéfica para todos e que tome medidas o mais rápido possível.
A pesquisa de opinião encomendada pela HSI, conduzida pelo IBOPE, revela que:
Uma vasta maioria – 66% – dos brasileiros apoia uma possível proibição nacional dos testes em animais para cosméticos e seus ingredientes no Brasil, que seja compatível com as proibições já em vigor na União Europeia e Israel.
A pesquisa também revela que a maioria dos brasileiros – 61% – concorda com a seguinte afirmação: “testes provocam dor e sofrimento aos animais e que isto não vale a pena para testar a segurança dos cosméticos, especialmente quando milhares de ingredientes seguros já existem e estão disponíveis no mercado.”
Ainda, de acordo com a pesquisa, apenas 26% da população acredita que “as empresas devem ser livres para desenvolver e testar novos ingredientes de cosméticos em animais, para promover a criação de novos produtos e entrar em mercados que a experimentação animal é necessária, como a China.”
A maioria dos brasileiros – 66%– acredita que “as empresas de cosméticos que dizem estar comprometidas com a sustentabilidade, proteção do meio ambiente e uso de ingredientes naturais ou orgânicos também devam garantir que eles não testam seus produtos em animais”.
O mercado brasileiro de cosméticos é o que cresce mais rapidamente em todo o mundo. Diretrizes nacionais brasileiras ainda recomendam uma série de testes em animais para a avaliação de segurança de novos produtos e ingredientes.
No entanto, a HSI e seus parceiros estão confiantes de que o Brasil vai avançar com a utilização de métodos alternativos por meio da Rede Nacional de Métodos Alternativos (RENAMA). O Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico está investindo R$ 1,1 milhões na RENAMA para que as alternativas a testes em animais aprovadas internacionalmente estejam disponíveis para as empresas brasileiras. Com informações da assessoria.
Para participar da campanha “Liberte-se da Crueldade” e ajudar a acabar com o sofrimento dos animais que são usados para testes de cosméticos no Brasil, e no resto do mundo, assine a declaração aqui