ONU cobra governos sobre meta de erradicação da fome
Da Redação em 19 February, 2013
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Um futuro livre da fome é um dos principais objetivos das Nações Unidas na agenda pós-2015 – prazo para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). Para que ele seja alcançado, é necessário que governos cumpram os compromissos firmados na Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).
“Em junho, no Rio, líderes mundiais prometeram seu apoio aos esforços para aumentar a produção da agricultura sustentável e da produtividade agrícola, esforços que incluem a criação de um sistema de comércio mundial mais livre e mais justo”, afirmou o Presidente do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (ECOSOC), Néstor Osorio, durante uma Reunião Especial Conjunta sobre segurança alimentar, na sede da ONU em Nova York, Estados Unidos.
Dois dias antes, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) sediou uma Consulta Global sobre o tema em sua sede, em Roma, Itália. Também participaram dos dois eventos representantes da Assembleia Geral, do Programa Mundial de Alimentos (PMA) e do Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA).
Segundo a FAO, uma em cada oito pessoas no mundo sofre de desnutrição crônica. Os preços voláteis dos alimentos, investimentos inadequados, degradação do solo e do clima são vistos como os principais desafios a serem enfrentados.
Reduzir pela metade a proporção de pessoas com fome no mundo até 2015 já está entre os oito ODM e a meta deve ser atingida por cerca de 50 países. O novo Desafio Fome Zero proposto pelo Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, pretende erradicar “o problema solucionável número um do mundo”, nas palavras do Vice-Diretor Executivo do PMA, Amir Abdulla.
Investir no desenvolvimento sustentável das zonas rurais e em crescimento rural inclusivo com foco na agricultura familiar é a chave para acabar com o problema da fome que, como lembrou Ban em vídeo enviado aos participantes da reunião em Nova York, é uma questão de distribuição e não de escassez de alimentos. “Em um mundo de abundância, ninguém – nem uma única pessoa – deve passar fome”, declarou. Com informações da ONU.