Arroz brasileiro ajuda crianças colombianas e equatorianas
Da Redação em 22 November, 2012
Tuite
A escola Campo Elías Bravo é uma escola rural na província de Carchi, Equador, perto da fronteira com a Colômbia. Ali são educadas 32 crianças da comunidade Chulamúes, das quais 40% são colombianos ou cujos pais vieram da Colômbia. Muitos fugiram da violência e procuraram refúgio deste lado da fronteira. Mas a vida continua: estes pequenos devem estudar, mas para se concentrar em seus estudos também devem comer.
Em 28 de setembro, poucas semanas após o início do novo ano letivo, oficiais do Programa Mundial de Alimentos (PMA) visitaram a escola Campo Elías Bravo para ver como está funcionando a merenda escolar apoiado pelo PMA. Os pequenos estudantes estavam comendo arroz com feijão, batata e uma salada de alface e tomate.
Escrever a palavra Brasil com arroz não é só bom exercício de motricidade fina: também ajuda as crianças a perceber de onde vem o arroz que estão comendo. Explicamos que o arroz viajou todo o continente para acompanhar o feijão e a salada.
Graças a uma oferta generosa do Brasil, o PMA entrega arroz como parte de suas porções para escolas em áreas vulneráveis, perto da fronteira. Assim, as crianças podem ter um almoço complementado por frutas e legumes cultivados por pequenos agricultores locais.
As associações de pequenos agricultores – principalmente mulheres – levam seus produtos toda segunda-feira para as escolas, e os pais se organizam para ajudar a preparar as refeições de seus filhos.
É importante que as crianças se alimentem bem para que tenham energia e entusiasmo para assistir às aulas e para brincar. Eles e suas famílias estão aprendendo na escola sobre a importância de uma boa nutrição. Agora eles sabem que o prato de comida deve ser colorido, ter carboidratos, legumes e proteínas.
Há algo de muito bom na escola: apesar de não ter espaço para uma horta – mesmo estando em uma comunidade rural – a colaboração dos pais é excelente, sendo que um deles forneceu o terreno. Agora eles estão fazendo uma horta escolar para plantar vegetais que em breve servirão de almoço para as crianças. Assim os pratos vão ter o branco do arroz entre outras cores.
O PMA é a maior agência humanitária do mundo lutando contra a fome em diferentes países. A cada ano, o PMA alimenta em média mais de 90 milhões de pessoas em mais de 70 países.
Brasil
O Programa Mundial de Alimentos (PMA) das Nações Unidas e o governo do Brasil lançaram em 07/11 o Centro de Excelência Contra a Fome, que visa ajudar os países a melhorar, expandir e, eventualmente, executar seus programas nacionais de alimentação escolar para aprimorar a educação, nutrição e segurança alimentar de crianças em idade escolar.
“Como um campeão mundial na luta contra a fome, o Brasil tem uma rica experiência a ser compartilhada com os governos interessados em aprender como os brasileiros obtiveram este êxito e adaptar esse conhecimento a seus próprios países”, disse a Diretora Executiva do PMA, Josette Sheeran. “O Centro de Excelência será uma experiência única na cooperação Sul-Sul para acabar com a fome. O Brasil tem tratado seriamente a questão do combate à fome e à desnutrição e agora está entre os que estão vencendo a fome mais rapidamente do que qualquer outra nação no planeta. Nós seremos parceiros para disseminar esse sucesso a outras nações que buscam acabar com a fome e a desnutrição.”
O Centro de Excelência, localizado em Brasília, vai auxiliar governos da África, Ásia e América Latina, utilizando a experiência do PMA e do Brasil na luta contra a fome, ao mesmo tempo em que irá promover modelos sustentáveis de alimentação escolar e outras redes de segurança alimentar e nutricional. O Centro já iniciou a parceria entre o PMA, Brasil, Moçambique, Timor-Leste e Haiti.
Os governos também serão capazes de desenvolver e aprimorar seus programas nacionais de alimentação escolar, acessando uma plataforma global de troca de informações sobre a merenda escolar e as melhores práticas de seus próprios programas.
O Centro será dirigido por Daniel Balaban, que ajudou a prover alimentação escolar para mais de 47 milhões de crianças quando foi Presidente do Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação. Com informações da ONU.