Brasil quer apoio do setor privado em prol da Natureza
Da Redação em 15 October, 2012
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A valorização dos serviços ecossistêmicos e a relação da biodiversidade com os negócios foram tema do evento organizado pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) nesta segunda-feira (15/10), na 11ª Conferência das Partes (COP 11) da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB). O encontro reúne, até o fim desta semana, chefes de estado e representantes de 193 países em Hyderabad, na Índia, com a finalidade de estabelecer medidas para a preservação da biodiversidade.
O secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, Francisco Gaetani, que ocupa no momento a chefia da delegação brasileira na COP 11, abriu o debate enfatizando que, sem a iniciativa privada, o Brasil não será capaz de superar os desafios para a preservação da biodiversidade. “Quando falamos de inovação, estamos falando sobre o setor privado. Quando falamos de flexibilidade, estamos falando sobre o setor privado”, destacou.
Gaetani reconheceu que as grandes empresas brasileiras enfrentam problemas com a burocracia para acessar recursos genéticos, mas ressaltou que governo e empresários têm cada vez mais buscado soluções baseadas em um diálogo franco, objetivo e construtivo. “Estamos lidando com um assunto complexo porque estamos lidando com o desconhecido. Dependemos muito da pesquisa e do desenvolvimento. A legislação pode ser aprimorada, mas estamos trabalhando num esforço coordenado de governo”, afirmou.
Impasse
O Brasil, ao lado da Indonésia e do Congo, detém a maior diversidade biológica do planeta. Na opinião do secretário, é preciso criar condições para tirar vantagem disso. Além disso, David Steurman, do Secretariado da CDB, ressaltou a importância de governos, empresas, organizações não-governamentais e a Organização das Nações Unidas (ONU) trabalharem juntos para resolverem os impasses em torno do uso dos recursos genéticos.
O painel contou com as empresas parceiras do CEBDS, como Monsanto, Syngenta e Votorantim que, juntas, abordaram como as empresas podem trabalhar com o governo para a reforma política ambiental, os desafios e incógnitas que as empresas enfrentam em equilibrar as necessidades de negócios com a preservação da biodiversidade, e como as empresas podem participar de campanhas de educação para conscientizar funcionários e comunidade local. Com informações do MMA.