Ministra pede estratégia para sustentabilidade
Da Redação em 27 June, 2012
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A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, provocou empresários do setor do aço, nesta quarta-feira (27/06), ao dizer que depois da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio + 20, o Brasil tem apenas três anos antes de 2015, ano marcado para a conclusão de diversas negociações na área ambiental e a discussão de questões imprescindíveis para a sustentabilidade do país.
“Temos três anos para discutir como nos engajaremos nesse processo enquanto país, economia, desafio social e ativos ambientais. Esse é o contexto político em que os governos e os senhores estarão envolvidos”, falou dirigindo-se à plateia do Seminário Economia Verde: Desafios e Oportunidades, que integra a programação do 23º Congresso Brasileiro do Aço. O evento é uma promoção do Instituto Aço Brasil.
Izabella Teixeira pediu que os empresários sejam mais ambiciosos em sua visão estratégica sobre sustentabilidade e sobre o que estará em discussão nos próximos três anos. “As discussões de natureza política precisam ter um equilíbrio do ponto de vista econômico e social e do esforço de uma sociedade em querer avançar”.
De acordo com a ministra, falar em redução de emissão de gás carbônico sem colocar em pauta a lógica do desenvolvimento que está em jogo para garantir a competitividade do país requer essa visão estratégica de todos. “O debate é se vamos dar competitividade para quem investe para ser mais sustentável ou taxar aqueles que vão ficar como estão?”.
Para Izabella Teixeira se o país não assumir esse debate continuará falando “perifericamente” em sustentabilidade e biodiversidade e será refém de outros países, como a China, que já discute o tema com olhos para daqui a 30 anos, enquanto o Brasil pensa nos próximos dez anos.
“Não é só vocês [empresários] pedirem dinheiro, mas estabelecer uma discussão estratégica ou vamos continuar discutindo a estrutura deste país só ligada à licença ambiental? Se quiserem, continuamos debatendo dessa maneira e não se discute os pontos associados às opções de estrutura que estão sendo licenciadas”.
A ministra enfatizou que essas questões precisam ser pensadas para se chegar a soluções duradouras e, não apenas, ter discursos – o que contribui pouco para as soluções encontradas. Com informações da Agência Brasil.