Brasil vai mal no ranking global de inovação verde

em 7 March, 2012


Estudo elaborado pela ONG WWF e Cleantech Group, intitulado “Global Cleantech Innovation Index report 2012”,  em tradução livre, “Índice Global de Inovação em Tecnologia Limpa 2012”, revela que o Brasil ocupa a 25ª posição. O estudo avaliou a qualidade de inovação tecnológica competitiva de 38 países.

Em tempos de expansão da Economia Verde, produção de baixo carbono, a competição pelo desenvolvimento de tecnologia limpa, que busca diminuir o impacto do uso de recursos naturais e a poluição, cada vez mais se acirra entre os países, razão pela qual este levantamento CLeantech dá mostras de que o Brasil precisa investir muito em ciência e políticas públicas para se manter competitivo no mercado.

O país que figura como primeiro no ranking é a Dinamarca, seguido por Israel, Suécia e Finlândia. O Brasil está atrás ainda de países como Índia em 12º lugar, China na 13ª posição, Portugal, República Tcheca e Hungria.

Para realizar o mapeamento são analisados 15 indicadores que tentam medir vários aspectos, não apenas o número de inovações produzidas por um país, mas também a atenção a critérios como, as atividades de pesquisas realizadas em universidades e centros, o apoio público e privado no desenvolvimento do trabalho científico, a disponibilidade de créditos, a qualidade das políticas de apoio às tecnologias de baixo carbono, o mercado, alem de outros aspectos.  

São avaliadas também as pesquisas desenvolvidas em vários segmentos, como energia eólica, solar, água, biomassa, ar, meio ambiente, agricultura, reciclagem e outros.

Exemplo do impacto da análise dos vários pontos mostra os Estados Unidos em 5º lugar no ranking, embora seja o país com o maior orçamento público direcionado às pesquisas com tecnologia limpa.

Brasil

De acordo com o relatório, o Brasil é considerado um caso interessante, pois embora seja bem pontuado no “Global Entrepreneurship Monitor”, em termos de cultura do empreendedorismo, e possua políticas públicas de apoio a energia renovável e seja líder mundial em produção de biocombustíveis, carece de um número significativo de empresas inovadoras de tecnologia limpa.

O relatório destaca o pioneirismo do país na produção de biocombustíveis, e a vanguarda na criação de motores de combustão com etanol. Considerando o grande número de empresários e o grande mercado doméstico, o Brasil tem potencial para se tornar um líder inovador em tecnologias limpas, desde que o governo promova mecanismos de apoio à iniciativa privada na busca de projetos voltados ao desenvolvimento sustentável.

Diante dos poucos investimentos em tecnologia e o inexpressivo número de patentes desenvolvidas no país, o Brasil acaba recebendo uma baixa pontuação no ranking geral de inovação verde.

Para acessar o estudo clique aqui.




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