Como será o consumidor do futuro?

em 13 October, 2011


“Estamos sendo persuadidos a gastar dinheiro que não temos, em coisas que não precisamos, para criar impressões que não duram, em pessoas que não nos importam”. A afirmação é de  Tim Jackson, autor do livro “Prosperidade sem crescimento”.

Afinal, será que com a enxurrada de informações que recebemos diariamente sobre os impactos do nosso consumo desenfreado as pessoas mudarão seus hábitos? De que forma e quando isso acontecerá? A resposta é difícil, porém cenários podem ser traçados para tentarmos ter uma ideia disso tudo. Para isso, a ONG investigativa Forum for the Future, em parceria com a Unilever e Sainsbury, lançou o relatório “Futuros dos Consumidores 2020″ (inglês).

Os cenários contidos no relatório são baseados nos padrões de consumo britânicos, sendo replicáveis em outras economias desenvolvidas. Porém, isso não torna as informações menos relevantes para nós brasileiros, já que estamos indo pelo mesmo caminho que os países europeus quando se fala em consumo.

O foco do relatório é analisar como as tendências globais podem mudar o comportamento dos consumidores e dos fabricantes de bens de consumo ao longo da próxima década. Com base em entrevistas e pesquisa, os autores criaram uma matriz com dois eixos, de prosperidade alta e baixa e níveis altos e baixos de comprometimento dos consumidores em assumir a responsabilidade dos impactos das suas compras e estilos de vida.

Após traçar quatro cenários, a ONG enfatiza que as empresas e marcas devem começar agora a agir para se preparar para um clima econômico, ambiental e social que está mudando rapidamente. Para tal, o relatório dá cinco recomendações às empresas:

  • Levar ao mercado modelos de negócios inovadores (que lidem com desafios como escassez de recursos, mudança na demanda dos consumidores e necessidade de resiliência a impactos das mudanças do clima);
  • Trabalhar na cadeia de valores em busca de novas soluções;
  • Fortalecer as marcas e produção locais;
  • Construir confiança de longo prazo através da transparência (com o acesso à informação cada vez mais fácil, as empresas não conseguirão mais esconder problemas ambientais e sociais, portanto “verde e ético não são mais um nicho”);
  • Usar o poder do marketing para acelerar a sustentabilidade (criando a demanda dos consumidores).

As informações são do Instituto Carbono Brasil.




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