Suspenso o depósito de resíduos vegetais na área da usina Mauá

em 17 August, 2011


O IAP (Instituto Ambiental do Paraná) suspendeu, desde o dia 28 de julho, as atividades de enterramento de resíduos vegetais nas áreas de supressão florestal na região do futuro reservatório da UHE Mauá. A suspensão atende a recomendação do MPF (Ministério Público Federal) no Paraná de 21 de julho deste ano.

O IAP também recomendou ao CECS (Consórcio Energético Cruzeiro do Sul), através de relatório de inspeção ambiental, que promova reunião entre seus técnicos, Copel, IAP e MPF para que seja equacionada a destinação final dos resíduos. Essa recomendação aplica-se a todas as frentes de supressão correspondentes à área de alagamento do reservatório da UHE Mauá.

Entenda o caso

 Em março deste ano, o MPF realizou visita às áreas de supressão de vegetação da UHE Mauá, juntamente com representantes da Universidade Estadual de Londrina, Funai e ONG MAE. Na ocasião, constatou-se o enterramento de resíduos vegetais (toras de madeira leve, galhos, folhas e serapilheira) dentro da área do futuro reservatório.

O MPF entende que a técnica utilizada na UHE Mauá pode gerar sérias interferências na qualidade da água, como aconteceu na UHE Serra do Falcão, onde foi utilizada esta prática e aconteceu um desastre que ocasionou a morte de 4,7 toneladas de peixes pela drástica diminuição de oxigênio dissolvido, devido à poluição por matéria orgânica. Há grande probabilidade de este desastre ter relação com o enterramento do material orgânico.

Por esta razão, em julho o MPF expediu recomendações ao Ibama, IAP e CECS, para que fosse paralisado imediatamente o enterramento de resíduos vegetais na área do futuro reservatório usina. No caso da opção em manter esta prática, o MPF recomendou que a continuidade dos trabalhos deverá ficar condicionada à apresentação de estudos que garantam a segurança em relação à qualidade da água após o enchimento do reservatório e operação da usina. Com informações do MPF.




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