ONU lança Relatório sobre a Situação Social Mundial 2011
O Relatório sobre a Situação Social Mundial 2011 conclui que muitos governos não estão prestando a devida atenção às implicações sociais da recente crise financeira global e pede que seja dada prioridade aos investimentos sociais nos programas de recuperação econômicos.
O documento, que acaba de ser publicado (22/06) pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais (DESA) da ONU, investiga as consequências sociais adversas da crise financeira e econômica de 2008/2009 – a pior desde a Grande Depressão da década de 1930.
Outra consequência da crise, aponta a publicação, é que o desemprego aumentou para 205 milhões de pessoas em 2009 se comparado com os 178 milhões de 2007. A perda de postos de trabalho não significa apenas uma perda de renda, mas também um aumento da vulnerabilidade, especialmente nos países em desenvolvimento sem proteção social abrangente, observa o relatório.
O documento acrescenta que várias estimativas sugerem que entre 47 milhões e 84 milhões de pessoas caíram ou ficaram presas na extrema pobreza por causa da crise global, que ocorreu imediatamente depois que os preços dos alimentos e do combustível subiram. Como resultado, o número de pessoas que vivem com fome no mundo subiu para mais de um bilhão em 2009, o maior já registrado.
O relatório afirma que a crise econômica global teve resultados negativos sociais para indivíduos, famílias, comunidades e sociedades, e seu impacto sobre o progresso social em áreas como educação e saúde, só serão plenamente evidentes ao longo do tempo. ”Contudo, as estimativas iniciais mostram que os efeitos foram amplos e profundos. Dada a fragilidade da recuperação econômica e o progresso desigual nas principais economias, as condições sociais devem se recuperar lentamente. O aumento dos níveis de pobreza, fome e desemprego devido à crise global vai continuar afetando milhares de milhões de pessoas em muitos países desenvolvidos e em desenvolvimento nos próximos anos”, diz o relatório. Com informações da ONU.