IJA questiona administração do Parque Nacional Foz do Iguaçu
Da Redação em 16 February, 2011
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O IJA (Instituto Justiça Ambiental) ajuizou, nesta quarta-feira (16/02), uma ação civil pública contra o ICMBio (Instituto Chico Mendes) de Foz do Iguaçu. O que motivou a ação judicial foi o recorrente descumprimento do plano de manejo, situação que vem causando a morte sistemática de diversas espécies de animais, algumas delas em extinção.
“O descaso na administração do parque é visível e um bom exemplo disso é o desrespeito ao limite de velocidade dos veículos que circulam dentro da unidade. Tendo em vista que nós cidadãos pagamos impostos para que os parques sejam protegidos e possam cumprir sua função ambiental, cabe a nós como sociedade civil fazer valer o Decreto que os criou”, comenta Cristiano Pacheco, diretor executivo do IJA.
O plano de manejo estipula o limite de 40 km/h para circulação de automóveis, porém as placas de limite de velocidade dentro do parque indicam o limite de 50Km/h e 60 km/h, o que coloca em risco permanente a fauna local.
Além disso, a ação judicial também questiona o fato de que, pelo plano de manejo, somente veículos da concessionária Cataratas S.A teriam permissão para efetuar a condução dos turistas dentro do parque. Esta determinação também não vem sendo respeitada resultando no atropelamento sistemático de diversos animais, muitos em extinção como as onças-pintadas.
Segundo o IJA, o site O Eco denunciou recentemente o atropelamento de animais dentro da unidade. “Estima-se que o parque possua hoje menos de dez onças-pintadas, o que caracteriza estado crítico da população em termos de extinção. A triste situação destes animais já justifica o ingresso da ação judicial. Queremos com a iniciativa dar nossa pequena contribuição, dentro de nossas limitações institucionais, para que algo seja feito pela vida destes animais e pela preservação da biodiversidade daquele local. A ação judicial reclama apenas o cumprimento da lei, nada além disso”, completa o diretor do Instituto.
O ICMBio também divulgou em seu portal, que em Janeiro deste ano obteve a segunda maior arrecadação desde a sua criação, em 2007. As receitas somaram R$ 4,8 milhões, sendo 71% dos recursos oriundos da visitação nos 31 parques, entre eles o de Iguaçu, e 29 florestas nacionais abertos ao público. O restante foi de arrendamentos e autorizações de licenciamento. Com informações do IJA e ICMBio.