Exército e Ministério Público aderem à agenda ambiental
Da Redação em 9 February, 2011
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Durante a assinatura do termo de adesão do Comando do Exército Brasileiro à Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P), nesta segunda-feira (07/02), o general de brigada e chefe de Relações Internacionais e Meio Ambiente, Floriano Peixoto Neto, assumiu o compromisso de que, até o final de 2013, as ações da A3P estarão em plena execução nas 1.226 unidades do Exército espalhadas por todo o País.
O Exército é a primeira das Forças Armadas a aderir à A3P e iniciará este ano as ações de sensibilização e capacitação dos 200 mil militares que compõem o quadro efetivo e temporário sobre o uso racional dos recursos, gestão adequada dos resíduos sólidos, licitações sustentáveis e qualidade de vida no ambiente de trabalho. Além disso, há a intenção de estender a multiplicação dos princípios ambientais aos 90 mil jovens alistados que passam anualmente pelos quartéis brasileiros.
Em virtude da envergadura do Exército, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, entende que a adesão à A3P representa apenas o primeiro passo rumo a um diálogo sólido entre o meio ambiente e o Exército.
Izabella declarou a vontade do Ministério do Meio Ambiente em contar com a parceria do Exército em três novas fronteiras da agenda ambiental: a proteção das florestas e o acesso aos recursos genéticos, combatendo a biopirataria; gerar novos ativos financeiros com a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, buscando novos patamares de distribuição de renda e justiça social; bem como a sofisticação de tecnologias de eficiência energética para formulação de uma estratégia nacional competitiva que permita ao Brasil, definitivamente, fazer a transição para uma economia de baixo carbono. “Temos a oportunidade de ser o primeiro Exército de baixo carbono do Planeta, comprometido com as mudanças climáticas mundiais”, disse a ministra.
Ministério Público
A Procuradoria Regional da República da 1ª Região, que integra o Ministério Público Federal, assinou o termo de adesão à A3P na mesma data, mas já vem implementando as ações de responsabilidade socioambiental há um ano.
“Quanto mais parceiros melhor, pois a sustentabilidade não é prerrogativa do Ministério do Meio Ambiente, mas de todos que trabalham para construir uma sociedade mais justa, com distribuição de renda e acesso equilibrado aos recursos naturais”, comemorou a ministra.
Além da coleta seletiva solidária e destinação dos materiais recicláveis à cooperativa de catadores, a Procuradoria faz recolhimento de pilhas e baterias, bem como do óleo de cozinha e lâmpadas, destinando os resíduos para empresas que já possuem disposição adequada.
A pedido dos servidores, a Procuradoria também já iniciou a campanha de sensibilização dos gestores com campanha lúdica e educativa, utilizando os personagens da turminha do MPF, para explicar os materiais que são recicláveis e como deve acontecer a separação nos coletores distribuídos pelas salas de trabalho.
Em 2011, uma das metas da Procuradoria é achar soluções sustentáveis para o lixo orgânico, com a construção de um minhocário, que servirá como espaço de compostagem desses resíduos.
“O Ministério Público em sua atuação externa tem a responsabilidade de proteger o meio ambiente e fica contraditório exercer esse papel sem ter a consciência ambiental incorporada nas rotinas diárias de trabalho”, ressaltou Alexandre Camanho, procurador-chefe.
Camanho reconhece que o engajamento não acontece repentinamente, mas sim de forma progressiva e gradual. Para que o estímulo seja constante, mais do que constituir uma Comissão da A3P, a Procuradoria encaminhou proposta para criar em sua estrutura uma assessoria de responsabilidade socioambiental com competência para fomentar as ações de A3P permanentemente.
Com a capilaridade que a Procuradoria possui em dois terços do território nacional, a secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental, Samyra Crespo, destacou a importância da multiplicação das rotinas ambientais de preservação a toda rede do Ministério Público, principalmente com a capacitação dos gestores para as compras sustentáveis, tema que deve ser reforçado na agenda ambiental de 2011.
Para a ministra do Meio Ambiente, o grande benefício dos princípios da A3P é que eles conseguem extrapolar as estruturas dos órgãos públicos e, por meio da mudança de comportamento dos servidores, acabam alcançando as famílias e as comunidades onde moram. Com informações do MMA.