Adiada a votação sobre a reforma no Código Florestal
Foi adiada para segunda-feira (21/06) às 14 horas a votação da reforma do Código Florestal. Integrantes da comissão especial que analisa o tema pediram vista conjunta do parecer do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP).
De acordo com o presidente da Frente Parlamentar Ambientalista, deputado Sarney Filho (PV-MA), a bancada ambientalista vai usar de todos os recursos legais e regimentais para evitar que a proposta seja votada antes das eleições. “Essa proposta vai contra os interesses do Brasil. Basicamente, fala em anistia e novos desmatamentos”, disse.
O parlamentar, que vai apresentar voto em separado, acredita que, após as eleições, seja possível discutir o aperfeiçoamento de alguns instrumentos do Código Florestal. Sarney Filho afirmou que a proximidade das eleições faz com que a discussão fique muito emocional. Para ele, esse tema exige mais racionalidade.
Para o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), a proposta precisa e será votada antes das eleições. Ele afirmou que a mudança do código foi uma tarefa assumida pelo Congresso porque é um pedido da sociedade.
“Nós tiramos essa discussão do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), das ONGs e dos ambientalistas para discuti-la com quem tem representação política e legal para fazê-la. E o Congresso Nacional assumiu essa tarefa”, disse Colatto.
Sarney Filho lembrou que a própria presidente da Confederação Nacional da Agricultura, senadora Kátia Abreu (DEM-TO), afirmou que não é preciso derrubar mais árvores para manter a produtividade da agricultura.
Segundo o deputado, o parecer pode deflagrar um processo de novas derrubadas. Sarney Filho disse que é possível admitir a consolidação de áreas que já são cultivadas há 50 ou 100 anos, mas não as de dois anos atrás, feitas desobedecendo a legislação atual.
Para Colatto, a moratória de cinco anos prevista no parecer é até mais dura do que a lei atual, porque não permite que nada mais seja derrubado por cinco anos. O parlamentar afirmou que não assume compromissos com as derrubadas ilegais. Para ele, essa é uma questão de polícia.
Carta ao Brasil
Sessenta e seis organizações de defesa do meio ambiente e de cientistas de diversas áreas do conhecimento, além de sete redes de organizações lançaram uma carta aberta dirigida aos habitantes do Brasil. Depois de expor a importância do Código Florestal Brasileiro e da preservação do patrimônio natural, as entidades afirmam no documento que o meio ambiente ecologicamente equilibrado é um direito assegurado pela Constituição Federal.
As organizações afirmam que as mudanças propostas na legislação ultrapassam os limites que poderiam ser discutidos pela comissão e colocam em risco não só dos ambientes naturais do País, mas também os princípios e institutos que norteiam a moderna legislação brasileira.
O PV, Psol e o Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União divulgaram notas técnicas nas quais criticam o parecer de Aldo Rebelo. A avaliação dos dois partidos e da entidade é que o texto representa um retrocesso na proteção ambiental. Com informações da Agência Câmara.
MARIA VITORIA(Twitter @ toiaalves), 14 anos atrás
BOAS NOTICIAS!
espero q a luta contra esse absurdo
continue. Não podemos deixar isso
ir adiante!
Tweets that mention Adiada a votação sobre a reforma no Código Florestal « Observatório Eco -- Topsy.com, 14 anos atrás
[...] This post was mentioned on Twitter by silva lemes, Observatório Eco. Observatório Eco said: Novo artigo: Adiada a votação sobre a reforma no Código Florestal http://tinyurl.com/33dwqof [...]
Lazir Ribeiro, 14 anos atrás
Enquanto o congresso não vota, a população dessas áreas são sempre prejudicadas por um códico florestal que favorece as regiões mais desenvolvidas e esquecem que a região norte em especial a amazônica necessita de desenvolviemnto e regularização fundiária. Hipócritas ambientalistas façam um hectare de mata preservada valer mais para o proprietário de um empreendimento rural que um hectare de pasto e tudo estará resolvido.
Preservar é sempre muito bonito mas não no percentual que querem nos obrigar.
É preciço garantir condições de desenvolvimento para essas regiões e não uma exigência impulsivel de cumprir sem subisídeos.