Cães comunitários, posse responsável do animal
Roseli Ribeiro em 8 March, 2011
Tuite
Com base na lei estadual paulista 12.916/2008, a cidade de Jacareí, localizada a 80 km de São Paulo, desenvolve o projeto “Cães Comunitários”, desde janeiro deste ano. O objetivo do programa é incentivar a posse responsável dos animais e padronizar algo muito comum em todos os bairros, o fato dos animais que vivem nas ruas serem amparados pelos moradores, que lhes fornecem alimento, água, abrigo e cuidados básicos.
O cão é escolhido pela comunidade e ao ser atendido pelo projeto recebe um microchips subcutâneo e uma coleira com placa de identificação em que consta o telefone da Diretoria de Vigilância à Saúde de Jacareí. Além disso, o animal é castrado e vacinado, garantindo maior segurança à vizinhança e aos moradores do local.
“Ao oficializar essa prática, as pessoas se sentem realmente responsáveis por esses animais, dos quais já estão acostumados a cuidar. De uma maneira indireta, esses cuidadores acabam conscientizando os demais moradores do bairro”, explica a agente de Controle de Zoonoses de Jacareí, Suely Akeni da Silva.
Segundo Liede Cardoso Braga, médica veterinária e supervisora da Diretoria de Vigilância à Saúde, o número de animais atendidos dependerá da iniciativa e demanda da comunidade.
Ela ressalta que a lei só se aplica aos cães, já que os gatos possuem comportamento diferente. Além disso, os cães de raças ferozes, conforme a lei estadual 11.531/2003 e lei municipal 4.729/2003, não podem ser cães comunitários. “São as raças e mestiços de pit bull, rotweiller, fila brasileiro, doberman, mastim napolitano, pastor alemão, mastif, akita, bull terrier e american staffordshire terrier”, exemplifica.