Paris anuncia a criação de um observatório mundial sobre poluição do ar
Roseli Ribeiro em 26 March, 2017
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Para entender melhor as ligações entre as políticas públicas de luta contra a poluição do ar e problemas de saúde, as grandes cidades irão compartilhar suas análises e boas práticas.
Reduzir o tráfego de automóveis, o desenvolvimento de transporte alternativo, limites de velocidade ou proibição de carros são muitas as alternativas, mas o que adotar? Que medida é mais eficaz?
Muitas cidades se preocupam seriamente e lutam para diminuir a poluição atmosférica, principalmente aquela originária do tráfego intenso de veículos.
Porém, isoladas, as cidades buscam enfrentar o problema com políticas públicas locais, cujas propostas mereceriam ser compartilhadas. Por isso, a cidade de Paris (França), que já tem um grupo dedicado ao tema resolveu criar um observatório mundial de cidades sobre a qualidade do ar, iniciativa apoiada pela prefeita da cidade, Anne Hidalgo.
O grupo deve ser lançado oficialmente em junho, em um evento internacional na cidade de Roterdã. A associação reúne as cidade de Paris, Roterdã, Cidade do México, Abidjan, Atenas, Londres, Pequim, Tóquio e Haia e tem o apoio da OMS (Organização Mundial da Saúde), a OCDE, (Agência Ambiental Européia), a iniciativa espera a adesão de outras grandes cidades.
O orçamento anual estimado é de cerca de 450 mil euros, sendo que metade deve ser fornecido por contribuições de cidades membros. Um comite de direção e outro científico irão organizar os trabalhos.
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), que participará da iniciativa, a poluição do ar mata anualmente 6,5 milhões de pessoas no mundo. Destes, mais de 3 milhões morrem de poluição ao ar livre na cidade.
“Durante anos, a OMS vem alertando sobre a poluição atmosférica, e parece apropriado trabalhar em estreita colaboração com os prefeitos de grandes cidades, é a este nível que temos de intervir, explica Maria Neira, responsável pelo departamento de saúde pública e de meio ambiente da OMS. A criação de um observatório para avaliar o impacto de cada intervenção pública na saúde, positiva ou não, é muito útil. Para a especialista, faltam, de fato estudos sobre os resultados das política públicas urbanas de controle da poluição atmosférica, a partir da realidade de cada cidade.