Novos edifícios podem ter que reaproveitar água da chuva

em 14 October, 2012


A Câmara Federal  analisa proposta que determina a instalação de equipamentos de reaproveitamento de águas da chuva e já utilizadas em novos edifícios. A medida está prevista no Projeto de Lei 4109/12, do deputado Laercio Oliveira (PR-SE).

A proposta institui o chamado Programa Nacional de Conservação, Uso Racional e Reaproveitamento das Águas, nos moldes do que, segundo o deputado, já foi feito em 2008 no Rio Grande do Sul.

Pelo projeto, as águas das chuvas servirão para lavagem de roupas, vidros, calçadas, pisos, veículos e para a irrigação de hortas e jardins. Já as águas servidas, ou seja, aquelas já utilizadas em tanques, pias, máquinas de lavar, bidês, chuveiros e banheiras, serão reaproveitadas no abastecimento de descargas de vasos sanitários ou mictórios.

De acordo com a proposta, os lagos artificiais e os chafarizes de parques, praças e jardins também serão abastecidos com águas reaproveitadas.

Desperdício

A proposta também estabelece que os edifícios deverão utilizar bacias sanitárias com baixo volume de descarga, chuveiros e lavatórios com volumes fixos de descarga e torneiras com arejadores para evitar o desperdício de água.

Outra medida prevista é a substituição dos hidrômetros convencionais por um sistema de medição computadorizada. O governo, por sua vez, deverá priorizar a correção das falhas no sistema de medição, a detecção de vazamentos e a fiscalização de ligações clandestinas na rede de água.

Essas medidas, pela proposta, serão obrigatórias apenas para os novos edifícios. Os prédios antigos, no entanto, poderão participar de programas de incentivo criados pelo governo para se adaptarem ao novo plano.

O deputado Laercio Oliveira disse que o programa mobiliza todo o setor produtivo, os governos e sobretudo o cidadão. “É mais um instrumento e um apelo para que a gente tome cuidado, urgentemente, com o controle e o consumo, por meio de uma política pública de conservação e reaproveitamento das nossas águas”, afirmou. “No mundo todo, os especialistas falam dos problemas que deveremos ter no futuro e reconheço que, no nosso país, existem várias formas de economizar. O cidadão é a parte mais importante nesse processo por meio da educação ambiental e com gestos muito simples”, acrescentou.  Com informações da Agência Câmara.




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