Senado aprova o novo Código Florestal
Da Redação em 6 December, 2011
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O Plenário do Senado Federal aprovou, nesta terça-feira (06/12), o novo Código Florestal (PLC 30/2011) acolhendo o substitutivo dos senadores Jorge Viana (PT-AC) e Luiz Henrique (PMDB-SC) ao texto do então deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), ora ministro dos Esportes. A matéria agora volta à Câmara dos Deputados. O presidente do Senado, José Sarney, elogiou o trabalho dos relatores.
O Plenário aprovou em primeiro turno, com 59 votos a favor e 7 contrários, o texto-base do projeto e depois passou à votação das emendas. Sendo que o relator acolheu 26 emendas
O texto base estabelece disposições transitórias – para contemplar as chamadas áreas consolidadas, nas quais há atividades agrossilvopastoris em Áreas de Preservação Permanente (APPs) – e disposições permanentes, com critérios a serem seguidos a partir da data de 22 de julho de 2008, data da publicação do Decreto 6.514/2008, que define penas previstas na Lei de Crimes Ambientais. A mesma data é o marco temporal para a isenção de propriedades rurais de até quatro módulos.
O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) pediu verificação de quórum, com apoio dos senadores Marinor Brito (PSOL-PA), Lindbergh Farias (PT-RJ), Paulo Davim (PV-RN) e Cristovam Buarque (PDT-DF). Randolfe voltou a se manifestar contra o texto e defendeu a agricultura familiar e a preservação ambiental. Marinor Brito também encaminhou contrariamente ao projeto, “em nome de todos os que tombaram em defesa das florestas”.
Os demais líderes partidários – entre eles a senadora Kátia Abreu (PSD-TO) e os senadores Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Gim Argello (PTB-DF), Wellington Dias (PT-PI), Ana Amélia (PP-RS), José Agripino (DEM-RN) e Renan Calheiros (PMDB-AL) – encaminharam favoravelmente ao substitutivo, elogiando o teor do relatório, que consideraram equilibrado. Também se manifestaram pelo texto e em defesa dos produtores rurais os senadores Waldemir Moka (PMDB-MS), Demóstenes Torres (DEM-GO), Inácio Arruda (PCdoB-CE), Ivo Cassol (PP-RO) e Acir Gurgacz (PDT-RO).
Emendas
O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) defendeu a emenda 74, assinada por ele e pelo senador João Capiberibe (PSB-AP). O destaque suprimia o dispositivo que diminui a reserva legal do estado do Amapá, por ter mais de 65% de seu território ocupado por unidades de conservação. O texto, disse, é inconstitucional, por só afetar um estado, no caso o do Amapá. Convidado por Randolfe, o presidente do Senado, José Sarney, somou-se aos demais parlamentares do estado e apoiou a emenda.
João Capiberibe disse, por sua vez, que a floresta em pé representa maior riqueza para o país. O senador informou que, se mantido o texto de Jorge Viana, seriam perdidos 800 mil hectares de florestas no estado do Amapá. Capiberibe apelou a Jorge Viana para que acolhesse a emenda, que terminou rejeitada. O senador Eduardo Braga (PMDB-AM) manifestou apoio à emenda.
O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) defendeu a emenda 10 para o substitutivo do novo Código Florestal. Segundo ele, o texto troca a expressão “interesse social” por “interesse público” e foi proposto pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. O relator, Jorge Viana (PT-AC), defendeu a rejeição do texto.
O senador Valdir Raupp (PMDB-RO) defendeu a emenda 49, que estabelece o chamado “desmatamento zero” para o bioma da Amazônia. Apesar de inúmeras manifestações favoráveis, o destaque também foi rejeitado.
Demóstenes também defendeu a emenda 82, de sua autoria. Ele observou que os ambientalistas têm a preocupação de que, no futuro, o Código Florestal (PLC 30/2011) novamente poderá ser modificado para anistiar produtores rurais por desmatamento. Demóstenes explicou ter acolhido o entendimento do ministro do Superior Tribunal de Justiça, Herman Benjamin, segundo o qual segundo o qual a legislação atual trata como um crime mais grave tirar cópia de um livro esgotado do que desmatar Área de Preservação Permanente (APP). Por isso, ele sugeriu aumentar a pena para quem desmatar no futuro. Mas a emenda também foi rejeitada. Com reunião de informações da Agência Senado.
Maria Estela Boranga, 12 anos atrás
Me formo neste final de ano, em Tecnologia em Gestão Ambiental pela Unversidade Metodista de São Paulo – EAD (já sou formada em Jornalismo há 32 anos) e gostaria de continuar recebendo o Informativo Eco; excelente por suas matérias e notícias que interessam à sociedadem como um todo. Com certeza, nós ambientalistas, estaremos sempre atentos a toda e qualquer lei que permita ou mesmo faça vistas grossas, à destruição da biodiversidade. Lamentável que tenhamos no Congresso, parlamentares que defendem ações – pagos com nosso suor -, para grupos que não preservam o meio ambiente. Aqui em MT(moro em Rondonópolis), ainda bem que se começaram a tomar medidas preservacionistas, mesmo que a passos lentos. Mas já é alguma coisa. Boas Festas e um 2012 repleto de coisas boas a todos vcs.
Roseli, 12 anos atrás
OLá Estela,
Fico feliz em ler seu comentário ! Feliz 2012 para você e sua família ! Muita paz, saúde e prosperidade !
Roseli