São Paulo pode ser a primeira a adotar ações de logística reversa
Da Redação em 23 November, 2011
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Onze mil toneladas de lixo são recolhidas diariamente na capital paulista. Grande parte desses resíduos é aterrada. Com o objetivo de buscar alternativas para esse problema, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SMA), representada pelo secretário estadual do Meio Ambiente, Bruno Covas e a Câmara Municipal de São Paulo (CMSP), representada por seu presidente, José Police Neto, e os vereadores Cláudio Prado, Goulart, Floriano Pesaro e Adolfo Quintas assinaram um protocolo de intenções sobre o tema.
O objetivo é que o protocolo de intenções firmado abra caminho para um futuro Termo de Cooperação Técnica que resulte na criação de programas de recolhimento, tratamento e destinação final de resíduos, conforme plano de trabalho a ser elaborado.
A proposta é que São Paulo seja a primeira cidade do país a adotar ações de logística reversa. “É fundamental numa cidade como São Paulo, que gera 11 mil toneladas de lixo por dia, que sejam encontradas soluções alternativas aos aterros sanitários. A responsabilidade pós-consumo é necessária para que possamos romper esse ciclo em que o produto é consumido e depois jogado fora. É preciso que a sociedade faça agora a sua parte para que as gerações futuras tenham acesso à qualidade de vida e aos recursos naturais”, disse Bruno Covas.
Logística reversa
A logística reversa, ou programa de responsabilidade pós-consumo, é o principal instrumento da Política Estadual de Resíduos Sólidos (PERS) e Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) para garantir a destinação final dos resíduos sólidos. Na prática, o produtor de um bem tem que prever toda a coleta, separação, reciclagem e como será feito o retorno e a destinação ambiental adequada do produto. A ideia é que apenas o dejeto, o que não pode ser aproveitado do lixo, seja aterrado.
Esse plano de trabalho contará com a elaboração de estudos e propostas que visem o aperfeiçoamento de normas referentes à responsabilidade pós-consumo e sua efetiva implementação, além da realização de eventos, palestras e debates que ajudem na produção de conhecimento sobre o tema, entre outras ações.
Além de elaborar estudos, pareceres e propostas, o objetivo é realizar eventos, palestras, seminários, debates e esclarecimentos visando a implementação da logística reversa em São Paulo.
O secretário Covas destacou dados estaduais que apontam que 1/3 dos aterros sanitários do Estado tem via útil de mais dois anos e que 2/3 de no máximo cinco anos. “Ou mudamos esse paradigma ou triplicaremos o número de aterros no Estado, prejudicando as futuras gerações”, explicou.
O presidente da Câmara afirmou que “geralmente a lei é produzida para depois vermos se gera o efeito desejado. Com essa iniciativa, faremos todos os testes antes de colocar em prática ações que impactem no desenvolvimento sustentável da cidade”, concluiu José Police Neto. Com informações da SMA.