Sindicato quer suspender as obras na Marginal Tietê

em 24 July, 2009


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 Sindicato dos Arquitetos de São Paulo encabeça uma ação civil pública ajuizada contra o governo do Estado, a prefeitura de São Paulo e a Dersa para suspender as obras de ampliação da via Marginal do rio Tietê.

 

O presidente do sindicato, arquiteto Daniel Amor, disse à reportagem do Observatório Eco, que a medida foi tomada para “garantir a participação da sociedade no planejamento da cidade”, o que ele afirma não foi feito efetivamente, o principio do Planejamento Participativo defendido pelo sindicato é previsto no  Estatuto das Cidades, lei 11.251/01, e garantido pelo artigo 180 da Constituição Estadual. Por outro lado, a ampliação da marignal Tietê é um projeto de impacto para toda cidade que merece ser discutido com a população.   

 

O processo tramita pela 12ª Vara da Fazenda Pública, e o juiz determinou a citação dos réus e a manifestação da Promotoria do Meio Ambiente do Ministério Público. Além do sindicato 8 entidades também são autores nesta ação.

 

Daniel Amor argumenta que esta obra não está prevista no plano diretor da cidade, ademais, trata-se de medida que visa desafogar o trânsito de passagem pela cidade, ou seja, é uma obra metropolitana. A qual, no entendimento do sindicato, deve ser licenciada pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado, e não apenas pela Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, como ocorreu,

 

Outro aspecto, que é questionado na ação é que a obra interfere na ponte das Bandeiras, que está tombada pelo patrimônio histórico da cidade. Além disso, para desafogar o trânsito da cidade a criação dos corredores na marginal Tietê, segundo o presidente do sindicato, não é a melhor opção. “Há outras alternativas viáveis para isso”, ressalta ele.

 

Junto com o sindicato são autores da ação civil pública, as ONG’s (Organizações não Governamentais) Movimento Defenda São Paulo, a Associação dos Geógrafos Brasileiros, União dos Movimentos de Moradia de São Paulo e interior, Associação Preserva São Paulo, SOS Manacial, SOS Manancial do Rio Cotia, Associação Agentes da Cidadania e a Associação Ecológica Brasil Verde. 




5 Comentarios

  1. João Marcos, 15 anos atrás

    A que sociedade o sindicato se refere? A sociedade que anda espremida em um sistema de tranporte caótico, que fica horas e horas parada em congestionamentos, que não tem tempo para lazer, que não tem educação,saúde, noções de cidadania? Como cidadão eu sou a favor da obra, como sou a favor da ampliação do metrô, da regulamentação do transporte individual nos centros antigo e expandido da cidade nos dias de semana. O sindicato quer mobilizar meia duzia de ONGs em detrimento de 10 milhões de cidadãos que não estão nem ai para esses problemas, porque querem algum conforto, sossego e o fim dos imensos congestionamentos.

  2. Mariângela Portela da Silva, 15 anos atrás

    Sobre o cometário do Sr. João Marcos Says, eu diria que a sociedade que precisa conhecer e interferir em qualquer intervenção que o poder público faça no território é esta mesma que ele identifica como espremida no trânsito caótico, ou pendurada nos ônibus e metrô. São Paulo assitiu a uma sucessão de obras de cunho rodoviarista priorizando o transporte individual. Esta é mais uma. Discutir uma grande obra e suas cobseqüências (urbanas, ambientais, sociais etc…) é o mínimo que um governo responsável tem obrigação de fazer. Grandes obras permanecem por muito tempo, são testemunhas que o futuro terá para nos julgar, ou por nossa irresponsabilidade, ou pela nossa omissão, ou por nossa burrice.
    O alerta do sindicato é pela abertura de discussão, que possibilita às ONGs (sim, porque não???), às associações profissionais, às universidades e aos cidadãos em geral interferir positivamente neste processo.

  3. Roseli, 15 anos atrás

    OLá Mariângela,

    Sem dúvida o transporte coletivo é um caminho para essa cidade. Mas transporte que atenda a demanda. Não adianta também criar linhas de ônibus e colocar dois coletivos para atender ao público !!

    Obrigada por seu comentário.

    Roseli

  4. Roseli, 15 anos atrás

    OLá João,

    Sem dúvida transporte público é um direito assegurado por lei, mas quanta dificuldade para o poder público cumprir essa lei !

    Obrigada por seu comentário,

    Roseli

  5. Robson, 15 anos atrás

    Sou interiamente favorável a essa ação do sindicato.A obra na marginal tietê é a úlitma de uma sucessão de erros históricos.

    1) primeiro: agrava a questão de impermeabilização da cidade e ,principalmente, dessa área.

    2) pode amenizar o problema do trânsito por alguns anos, mas logo o problema fica pior,pois não param de chegar carros novos na cidade: são 800 por dia, segundo estiamtivas dos órgãos de trânsito.

    3) tem um elevado custo de oportunidade, que é o csuto de se deixar de investir emt ransporte de qualidade, para investir em expansão viária.

    4) aumenta a temperatura da cidade, por causa do asfalto.

    5) joga por terra, o tímido, mas já existente trabalho paisagístico da marginal, feito nos últimos anos.

    6) O certo era fazer que nem Seul, que revitalizou um rio na região central e eliminou algumas vias. A Marginal Tietê não devia nem existir, mas isso é um sonho impossível pelo menos nos próximos 50 anos.

    7) para isso, teria que se investir muito mais em transporte de alta capacidade(trem e metrô) e eventualmente criar vias expressas de apoio ao norte e ao sul da marginal.

    8) A área da marginal deveria ser umgrande parque linear, claro, quando o rio for despoluído,se for um dia.

    9) Apesar de apoiar até outras medidas do governo e prefeitura na área de transporte, como a ampliaçção do metrô e modernização do trem, entendo ser essa uma obra tipicamente eleitoreira,para quem tem o seu “carrinho” e acha que está “abafando” porque tem um corsa, fiat, fusca, palio, ou “coisas” do gênero.

    abraços.


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