FGV lança estudo sobre sustentabilidade
Da Redação em 23 October, 2011
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O GVces – Centro de Estudos em Sustentabilidade da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP) lançou o estudo “Propostas Empresariais de Políticas Públicas para uma Economia de Baixo Carbono no Brasil – Processos Industriais e Resíduos”.
Elaborado no âmbito da Plataforma Empresas pelo Clima (EPC), o documento é a continuação do estudo de 2010, cujo foco era os setores de energia, transporte e agronegócio.
Durante o ano de 2011, a EPC realizou uma nova série de estudos setoriais focados no diagnóstico e na análise dos desafios climáticos no contexto nacional, com o objetivo de subsidiar a formulação de propostas empresariais de políticas públicas e oferecer diretrizes para a implementação da Política Nacional de Mudanças Climáticas, do Plano Nacional de Mudanças Climáticas e dos Planos Setoriais.
O processo de criação dos estudos contou com a participação de vários especialistas dos respectivos setores, representantes das empresas, governo e sociedade civil, em um processo de diálogo contínuo e revisão de resultados dos relatórios parciais, através da participação desses atores em mesas redondas que se realizaram na Fundação Getulio Vargas de junho a setembro de 2011.
Essas propostas contemplam a promoção e o investimento em: (i) processos industriais brasileiros sustentáveis e de baixa intensidade carbônica; (ii) gestão integrada de resíduos; (iii) universalização e modernização sustentável do setor de tratamento de efluentes líquidos. O estudo integra esses conjuntos de propostas de políticas públicas em três grupos:
Políticas para aumento da eficiência carbônica de processos industriais e de tratamento de resíduos com vistas à competitividade:
Para o caso de processos industriais, isso muitas vezes está relacionado à mudanças na qualidade da matéria prima empregada ou renovação de determinadas partes não tão eficientes de maquinário, o chamado retrofit industrial. Por outro lado, para o setor de tratamento de resíduos, isso está relacionado a não-geração, redução de geração de resíduos e maximização do reuso dos mesmos.
Políticas para promoção de novas tecnologias e de inovação de baixo carbono na produção industrial e no tratamento de resíduos com vistas à competitividade:
Para suprir a demanda por tecnologias de baixo carbono, requerem-se investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D). Estimular e direcionar a pesquisa para os objetivos da produção industrial e de tratamento de resíduos de baixo carbono é uma questão de longo prazo que está atrelada a competitividade futura das organizações e a muitos outros desafios.
Por isso, trata-se de conseguir articular a academia e as instituições responsáveis por incubar e transformar essas inovações de baixo carbono em soluções mercadologicamente viáveis, além de aprimorar as oportunidades e criar soluções conjuntas para transpassar os desafios de implementação dessas novas tecnologias.
Políticas para conscientização, formação e capacitação de mão-de-obra:
Para garantir o desenvolvimento e a implantação de novas tecnologias é necessário que haja no país uma mão-de-obra capacitada para operar tecnologias de baixo carbono que, em vários casos, se diferem de tecnologias convencionais.
Tal processo de capacitação técnica envolve tanto o setor público como o setor privado, sendo que para ambos os casos trata-se de reestruturar carreiras acadêmicas, criar-se novas, além de engajar e promover a aproximação de profissionais experientes junto a especialistas em processos industriais e gestão de resíduos sustentáveis. Com informações da FGV.