Ministério vai exigir mais ação do ICMBio
Da Redação em 11 April, 2012
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Informações ambientais a serem usadas na definição das futuras áreas de exploração de petróleo e gás devem ter caráter científico. A exigência foi feita nesta terça-feira (10/04) pela ministra de Meio Ambiente, Izabella Teixeira, durante a posse do novo presidente do Instituto Chico Mendes (ICMBio), Roberto Vizentin.
Izabella Teixeira defendeu a associação com universidades brasileiras para estes levantamentos. “Precisamos trabalhar com excelência. As informações não vão ser produzidas por empresas de consultoria, mas têm que acontecer a partir de processos técnicos e científicos robustos, com redes de universidades que possam gerar esta informação”, disse.
As áreas de meio ambiente e de minas e energia passaram a ser responsáveis pela elaboração de estudos sobre exploração de petróleo e gás, segundo portaria conjunta dos Ministérios do Meio Ambiente e de Minas e Energia.
O objetivo da portaria é identificar impactos socioambientais e classificar as áreas como aptas ou não aptas para as atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural.
“É esta casa (ICMBio) que tem que definir que critérios são estes, quais são as áreas sensíveis, quais as áreas prioritárias de conservação, onde há sobreposição e mediacão de conflitos. Essa casa trabalha pouco com conflitos e tem que ter técnicos”, afirmou Izabella Teixeira.
Segundo a ministra, durante reunião com a diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), Magda Chanbriand, em Brasília, as duas áreas começaram a definir ações conjuntas. “Vamos trabalhar uma agenda ambiental. Já temos definidas questões de licenciamento e de áreas de gestão de acidentes. Agora estamos avançando para o monitoramento e planejamento das concessões”, explicou.
ICMBio e as unidades de conservação
Izabella Teixeira também cobrou do novo presidente do ICMBio a revisão de modelos de concessões utilizados em áreas protegidas do país. Segundo ela, é preciso melhorar os sistemas de uso público das unidades de conservação (UCs). “Temos que inovar nos modelos de concessão de serviços. É inaceitável termos mais de 300 UCs federais e que menos de 1% da população tenha acesso a estas unidades”.
Ao novo presidente do ICMBio, Roberto Vizentin, a ministra determinou transparência nas decisões do órgão, por meio de uma diretoria colegiada; a construção de uma proposta para levar energia elétrica às comunidades que vivem dentro das unidades de conservação e o fortalecimentos dos centros de pesquisa científica, entre outros aspectos.
Roberto Vizentin disse que assume o instituto com outros desafios, como a ampliação de áreas protegidas no país e a regularização fundiária nessas regiões. “Nas unidades que não permitem a permanência das pessoas precisamos desapropriar, indenizar e realocar. Esse é um passivo muito grande. A primeira medida que vou adotar é levar políticas públicas para áreas de preservação e entorno. Não podemos mais aceitar Brasil como potencia econômica e não ter energia, escola e saúde nas unidades de conservação. Aquelas pessoas que vivem e cuidam da riqueza do país vivem na pobreza hoje”, disse o novo presidente do Instituto Chico Mendes. Com informações de várias agências.
Eloy Fenker, 12 anos atrás
As UCs no Brasil, em sua boa maioria, nao passam de “parques de papel”, pois foram criadas em sua mairia em gabinetes de Brasilia, a partir de fotos de satélites. As áreas nao foram desapropriadas e os Decretos de criaçao estáo caducos, pois o prazo de indenizaçao é de 5(cinco) anos, conforme Decreto-Lei 3365 21/6/ de 1941.
O Passivo ambiental de indenizaçao em Ucs é estimado em 20 milhoes de hectares que, ao preço médio (baixo) de R$10.000,00 por hectare daria um passivo de R$200 bilhões!
A falta de moralidade no trato da coisa publica acabou por banalizar a questao ambiental levando ao descrédito total, incentivando com isto a destruiçao de nossas florestas. O proprietário que preserva corre o risco de ter sua propriedade expropriada, confiscada, sem pagamento. Por isso, numa decisao extrema, prefere destruir e aproveitar a área para fins economicos.
Sorte ao novo Ministro, pois o anterior pretendeu dar transparencia aos fatos e foi ..afastado!
Eloy Fenker, 12 anos atrás
Refazendo os cálculos, com recomendação para que cheguem até as Autoridades.
O Passivo Fiscal com regularização fundiária envolve 21 milhoes de hectares, conforme dados do MMA. Segundo o MMA, este passivo seria de 20 bilhoes. Ora, 21 milhoes de hectares correspondem a 2,5% do território nacional. Entao, se isto fosse verdadeiro, todo o território Brasileiro valeria 40 vezes mais, ou seja, a batagela de R$800 bilhoes. Com isto, é provavel que alguma Corporação poderosa possa fazer um Cheque e comprar todo nosso território!.
Nao concordo com este valor. O Brasil, segundo WWF, possui 15,4% da biodiversidade do mundo, que produz serviços ambientais ANUAIS de US$33 trilhões.
Com isto, o valor real das UCs ainda nao indenizadas teria um valor próximo de R$3,3 trilhões! Este seria o Passivo fundiário real, considerando que sao as áreas mais bem preservadas que foram objeto de criação de UCs.
Estudo do IPEA tambem estima em R$4 trilhões anuais o valor dos seviços ambientais anuais prestados pelo Brasil. Em média, um hectare de uma UC vale algo em torno de R$150.000,00 o que , para 21 milhoes de hectares, daria um passivo de 3,3 trilhões, fechando as contas.
Tudo isto está for do orçamento Federal, fora dos balanços fiscais, está sendo omitido ao conhecimento da polulação brasileira!