Fábrica da Eternit é multada em quase R$ 1 milhão no RJ

em 6 November, 2011


Em fiscalização realizada no final de outubro de 2011, pela Coordenadoria de Combate aos Crimes Ambientais, da Secretaria de Estado do Ambiente (Cicca/SEA), a fábrica de materiais de construção Eternit, em Guadalupe, na Zona Norte do Rio de Janeio, foi multada e teve cerca de 3000 toneladas de telhas com amianto apreendidas. O valor da multa pode chegar a R$ 1 milhão.

Com o apoio de fiscais do Inea (Instituto Estadual do Ambiente) e de policiais da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) e do Batalhão Florestal, a operação contou com a participação do secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc.

A empresa de fibrocimento estava funcionando em desacordo com a lei estadual 3.579/01, de autoria do deputado Carlos Minc, que determina que qualquer produto produzido à base de amianto deve ter anotações visíveis, em alto ou baixo relevo, relacionadas às suas características, incluindo a palavra “asbesto” e “amianto”, bem como as expressões “evite criar poeira” e “risco de câncer e doença pulmonar se inalado”.

O amianto já foi proibido em 48 países, pois pode causar câncer, além de doenças pulmonares. Minc vistoriou a linha de produção da empresa e constatou que a Eternit não estava cumprindo o artigo 8° da lei 3579/01.

“O ideal é banir o amianto assim como fizeram outros países, mas enquanto isso não ocorre, temos que esclarecer a população que amianto pode matar. A expectativa de vida de uma pessoa que desenvolve câncer pulmonar devido ao amianto é de no máximo um ano”, disse o secretário.

O asbesto – uma fibra mineral conhecida como amianto – é um dos materiais básicos utilizados pela Eternit na produção de suas telhas. Ao ser inalado – tanto no processo produtivo quanto no manuseio do produto, ao se furar ou cerrar uma telha, por exemplo –, o amianto é extremamente perigoso à saúde.

Segundo Minc, o material pode ser substituído por outras fibras minerais, vegetais e sintéticas, como mica, cisal e polietileno, respectivamente: “O Metrô retirou o amianto da lona de freio e a Petrobrás, dos dutos de contenção de incêndios. A Brasilit, concorrente da Eternit, já produz telhas misturando cimento e material sintético”.  Com informações da SEA.




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